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Brasília não terá Carnaval em 2022, diz secretário, alegando questões sanitárias

 

Bartolomeu Rodrigues pondera não ser possível criar protocolos para o evento e destaca que a ideia é ajudar setor que será prejudicado

Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF não trabalha com a possibilidade de ocorrer celebração do Carnaval em 2022. Conforme informado ao Metrópoles pelo titular da pasta, Bartolomeu Rodrigues, a pandemia de Covid-19 é o principal motivo para a decisão.





“A gente imagina que, mesmo tendo a vacinação ampliada, isso não é uma garantia do fim da propagação do vírus. Então, não quero que o Estado tenha essa responsabilidade de provocar aglomerações”, explicou.

De acordo com o gestor, não há possibilidade de estabelecer protocolos de segurança sanitária durante os dias de folia. “É impossível dizer que vai ser com refrigerante, suco de laranja e que ninguém pode beijar”, comenta.

Dessa forma, Bartolomeu diz que a ideia da secretaria é ajudar os blocos e as escolas de samba de outras maneiras. “Temos compreensão de que este é um dos segmentos mais prejudicados, entre os tantos que sofreram. Vamos fazer cursos de capacitação para escolas de Carnaval para a gente não deixar a cadeia parada, desde a costureira até aquele que toca instrumento”, detalha.

Questionado se há chance de esta decisão ser mudada após avaliação conjunta com o governador Ibaneis Rocha (MDB) e a Secretaria de Saúde, o chefe da pasta diz que sim, mas não crê que ocorra, de fato. “Não acredito nessa possibilidade, sou muito pé no chão nesse sentido”, ressalta.

Blocos avaliam cenários

Caio Dutra, diretor-executivo do No Setor, responsável por organizar o Setor Carnavalesco Sul, diz que, apesar de já ser outubro, ainda há muitas dúvidas a serem respondidas antes de se fazer o Carnaval no DF. “Temos dois planos que não dá nem para chamar de A ou B: um é para se houver uma mudança e ocorrer o Carnaval; e outro para caso não ocorra mesmo”, assinala.

Segundo Dutra, no entanto, não há muita expectativa para que a folia ganhe as ruas. “Do investimento que a gente faz para a nossa estrutura, cerca de 70% ou 80% do dinheiro é público. O setor privado ajuda, mas não dá para fazer só com eles”, comenta.

Caso a festa não aconteça, a alternativa é participar da Escola do Carnaval. “Vamos tocar os nossos outros projetos, inclusive os sociais, e também criar um enredo para o Setor Carnavalesco Sul, preparando-nos para os anos seguintes.”

A representante do bloco Sereias Tropicanas, Loren de Oliveira, também aguarda definição sem muita expectativa. Segundo ela, é importante analisar os cenários da pandemia antes de causar uma aglomeração tão grande. “Nosso bloco é robusto, tem mais de 100 pessoas. Fora que em 2020 arrastamos mais de 30 mil foliões. Imaginar isso para o ano que vem é impossível”, pondera.

De acordo com Loren, é preciso ter discernimento entre a vontade de ter Carnaval e a saúde das pessoas. “É necessário olhar para a nossa segurança. Só dá para termos uma folia se ela for realmente segura”, frisa.

Fonte: Metrópoles

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